segunda-feira, 21 de julho de 2008
Sucesso de programa de saúde depende de exemplo
Leitores, os programas de promoção da saúde em empresas são estratégias promissoras.
Segue reportagem de MARIA CAROLINA NOMURA publicada em 15/06/2008, na Folha de SP/ Suplemento de emprego
"Campanhas antitabagistas e para controle da pressão arterial dos funcionários foram os programas de promoção à saúde e prevenção de doenças que mais cresceram em 2007, de acordo com a pesquisa anual de benefícios corporativos Marsh-Mercer, realizada com 255 empresas em novembro passado.
Comparada com 2006, a adesão de empresas a campanhas contra o fumo aumentou em 5%; as iniciativas de controle de pressão arterial, em 7%.
Para a psicóloga Heloísa Caiuby Coutinho, consultora da Across RH, que desenvolveu há quatro anos o programa antitabagista "Quit For Life" (ou "largue por toda a vida"), as empresas começaram a perceber como um funcionário que não é saudável pode ser caro.
"A produção do empregado fumante é menor, seu seguro-saúde é mais caro e ele perde muito tempo indo ao fumódromo. Os ciclos de doenças duram mais e, conseqüentemente, o número de faltas é maior", enumera a consultora.
Mas, apesar de as empresas terem conhecimento dos malefícios do cigarro, a implementação de programas de promoção de saúde não é fácil, segundo Coutinho. "A empresa oferece a oportunidade, mas a vontade de parar de fumar ou de reeducar a alimentação depende de cada um", afirma.
Foi o caso da assistente de marketing da Philips Maria de Fátima Ferreira, que fumou durante 20 anos. "Estou na empresa há 27 anos e só percebi que existia esse programa quando realmente quis parar de fumar. Tomei remédio e fiz acupuntura", conta Ferreira, que há três anos não fuma.
Para André Luis Amaral, diretor de RH da Contém 1g, o estímulo para os funcionários ingressarem nos programas de saúde depende do resultado apresentado pelas pessoas que já passaram por eles.
"Como lidamos com maquiagem e 98% dos funcionários são mulheres, focamos na prevenção contra a obesidade. Já há pessoas que tiveram redução do peso, e isso estimula outras."
Na siderúrgica ArcelorMittal Brasil, em 1992, 34,5% dos empregados eram fumantes, de acordo com Fernando Ronchi, presidente do comitê de saúde da ArcelorMittal Américas do Sul e Central. "Mantemos programas específicos para a saúde. Hoje, 1,6% dos 4.300 empregados fumam e o índice de absenteísmo é de 0,4%."
Em 1999, os programas da empresa foram estendidos para as famílias dos funcionários."
Qual a experiência de vocês com ações coletivas de promoção da saúde? O que é importante pesquisar na fase de estruturação do programa?
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