sábado, 1 de agosto de 2009
Gripe suína/nova gripe/ H1N1 e trabalho
Desde 24 de abril, data do primeiro alerta dado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o surgimento da nova doença, até o dia 15 de julho, o Ministério da Saúde só havia registrado casos no país de pessoas que tinham contraído a doença no exterior ou pego de quem esteve fora. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde recebeu a notificação do primeiro caso de transmissão da Influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos dá a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional.
Desde então, temos acompanhado diariamente, nos noticiários, as consequências para saúde e o reflexo social, político e econômico da doença.
Os dados sobre o impacto da nova gripe no trabalho ainda não foram publicados oficialmente. Por isso, o papel de vocês, leitores- associados ABPS e ANAMT, inseridos em empresas é crucial. Você vivenciam a experiência da epidemia no trabalho. Como promotores de saúde, defendemos a educação permanente, por isso, deixamos um convite: comentem suas experiências aqui.
Acreditamos que a troca de informação pode ajudar na criação de habildiades e oportunidades para mudanças.
Vejam na barra a direita o link criado pelo Ministério da Saúde com atualização periódicas sobre a gripe.
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3 comentários:
Sou médico, clínico geral e trabalho no Ambulatório dos funcionários do Hospital das Clínicas - FMUSP e estamos tendo um cuidado especial com as gestantes. Estamos tomando medidas preventivas e mudando-as de setores de risco. Não estamos afastando do trabalho, as gestantes assintomáticas, pois não sabemos por quanto tempo, essa epidemia ainda vai durar. O mais importante é informar todos os funcionários, para qualquer sintoma gripal, procurar o ambulatório médico, para uma avaliação do profissional da saúde, para saber se deve afastar o funcionário ou não. Todos os profissionais da área de saúde, devem estar muito bem informados, para não criar um clima de desespero, dentro da empresa! Precisamos tomar cuidado com os grupos de risco!!!
Luis Pilan
Acho que os desafios para o médico do trabalho só estão começando. Quando a epidemia ainda se delineava, fomos envolvidos no desenvolvimento dos planos de contingência. Depois, entramos na fase do monitoramento de casos suspeitos, com dificuldades de acesso às sorologias e a medicamentos. A fase de monitoramento trazia desafios duplos. De um lado, a preocupação de não possibilitar a transmissão dentro do ambiente de trabalho. De outro, o aumento significativo de absenteísmo devido a ausências motivadas pela simples suspeita ou quarentena.
Agora, entramos em uma nova fase onde o médico do trabalho poderá prescrever o oseltamivir. Com isso, a responsabilidade e a dificuldade diagnosticar uma doença ainda nova para todos nós.
É preciso estar atento e atualizado para cumprir nosso papel.
Prezados colegas,
Gostaria de saber a conduta que vcs estão tomando em relação à gripe suína, no que diz respeito à abertura de acidente de trabalho, principalmente para os profissionais da área de saúde (Hospitais). Esse é um assunto muito controverso e acho que vale à pena fazermos um debate no blog.
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